Kaguya sorriu.
— Lembre-se de que estou testando-a, Amaretsu. Mesmo com tudo o que acabou de dizer, você resolveu usar o que está à sua disposição, ainda que não concorde.
Finalmente, no rápido movimento que fez, Amaretsu entendeu a lógica da arma. Ela possuía Cosmo próprio, mas não exatamente autônomo. O Cosmo da guerreira se misturou ao Cosmo que a arma utilizava como fonte de energia, alimentando-a. Era vampírica, de certa forma, como a amazona dissera, mas por ser um invento tecnológico incompleto, incapaz de tirar Cosmo de si mesmo ou do ambiente.Amaretsu atacou (FA=F3×3+H4+6, crítico automático, Ataque Total)
FA 19
Dados:
10/20 PVs, 0/20 PMs.
O ataque rumou quase letal na direção de Kaguya. Esta, sem titubear, esperou até o último momento ainda na postura anterior. Quando a espada estava para tocá-la, de alguma forma ela desviou para o lado em segurança, usando um rápido jogo de pés. Ficou em pé com a perna esquerda, apenas, a direita flexionada junto ao corpo. Então, como se fosse uma arma ela mesma, disparou um chute circular que estorou contra o rosto de Amaretsu num barulho desproporcional.
A amazona foi lançada para trás, caindo inerte no chão. Soltou a espada, que caiu ainda mais atrás. O chute, ao contrário dos golpes de espada, tinha mais a cara de Kaguya. Poderosos, tinham uma técnica específico que atordoava. Por isso, Amaretsu praticamente perdeu a consciência, retornando à forma humana.
— …Amaretsu? Dou esta luta como encerrada. Pode me ouvir? Temos problemas no quartel.
Ela esperou, abrindo o capacete e fazendo-o regredir, como se não existisse. O rabo de cavalo ficou para o lado de fora da armadura.
TenziAmaretsu estava indefesa e por isso foi a 0 PVs.
— E-estou bem… só um pouco cansada…
Aos poucos, Agni foi se recuperando. Ela usou da ajuda de Tenzi para se levantar, ainda ofegante.
— Esse inimigo… me lembra muito aquele jovem de tempos atrás, quando estávamos viajando. Então Cosmo é isso, capaz de milagres…
Kain suspirou, ainda sem levantar, mas aparentemente um pouco mais estável.
— Foi um combate excelente, Tenzi de Compasso… mas eu acabei de voltar. Não posso simplesmente ficar aqui, e morrer às margens do rio…
Repentinamente, parte da água que fugira para o chão pareceu voltar, envolvendo Karin numa esfera líquida. Ele foi levantado, flutuando ali dentro, um sorriso derrotado.
— Até breve.
A água então caiu no chão, escorrendo novamente, como se Kain sequer existisse. Sumiu.
— Mas… o quê!? — Agni ficou assustada, olhando ao redor.
Carlos e Cecilia
— Hum… Gracus está estranho como de costume. Ele é sempre assim, radical, assumindo responsabilidades desmedidas — disse Kátia, levando a mão ao queixo, pensativa.
Enquanto isso, Cecilia verificou a totalidade da sala buscando por alguma forma de saída. Acertou com respeito à ventilação. Havia dois dutos diferentes de ar no teto, provavelmente por onde o ar condicionado e/ou ar quente chegavam. No entanto, pôde verificar que pelo tamanho do ar, apenas uma criança conseguiria se apertar por ali.
Enquanto isso, Carlos foi à mesa do diretor. Lá, encontrou, debaixo da mesa e ao alcance fácil das mãos, uma série de cinco botões e um teclado aparentemente numérico (que para ser visto, exigia ajoelhar-se e olhar debaixo da mesa). Os botões estavam inicialmente duros, como que travados.
— Desculpem-se por não poder ajudar — disse Kátia, com pesar. —, mas receio que ou ficaremos presos aqui, ou teremos que destruir o lugar. E, conhecendo Gracus, tentar forçar a passagem pode ser mais perigoso que simplesmente ficarmos quietos…
Enquanto Cecilia identificava o mecanismo que escondia as paredes de aço, estas terminaram de se fechar. Cecilia sentia, de alguma forma, que a conexão com Hera havia sido cortada. Carlos entendeu que, para apertar os botões e acionar suas funções, precisaria identificar a senha do teclado numérico. Um breve instante de silêncio depois revelou uma batida na porta do lado de fora.
A porta foi arrancada por alguém. Então, porradas na parede de aço.
[…]
Próxima atualização: dia 10.11.2019, domingo.