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Revista Tormenta20: a fonte oficial de aventuras do maior RPG do Brasil!

Os fãs de Tormenta agora poderão jogar uma campanha canônica com o lançamento da Revista Tormenta20.

Anunciada recentemente, a Revista Tormenta20 traz a cada mês uma aventura inédita e completa, com fichas, mapas de batalha e tokens.  Como as aventuras são sequenciais, formam uma campanha canônica. Segundo o anúncio dos autores, a saga terá grandes repercussões na história de Arton!

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A Jornada da Mestra – Quem é o Mestre de RPG?

Olá, queridos companheiros de aventura! Sentiram saudades? Como estão? Espero que estejam bem e preparados para mais um ano de muita balbúrdia sobre a criatura misteriosa que é o mestre do RPG de mesa!

Para esse início de 2024 eu decidi rebobinar a fita cassete. Caso você não seja do tempo das cavernas e não saiba o que é isso, bom, hoje eu darei alguns passos para trás nessa jornada de mestre – badum, tss.

Mas o que isso significa?

A princípio, visando aliciar mais soldados à causa, digo, incentivar vocês nas artes proibidas de mestrar RPG, eu gostaria de voltar ao cerne da coisa: Quem é o mestre? Por que mestrar? Como eu começo? Portanto, nossa aventura esse ano passará por vários artigos destrinchando a arte de mestrar de maneira bem mais simples e descomplicada.

Tomei essa decisão sobretudo por causa das últimas polêmicas envolvendo a descontinuação da tradução em português brasileiro para os produtos dos Magos da Costa.

Mas tia Mylena, safoda os gringos!

Não me estenderei no assunto porque esse não é o ponto de hoje, mas, gostando ou não, D&D é um gigante e uma porta de entrada para muitos nesse nosso mundinho especial. Portanto, essa decisão pode acabar afastando uma galera iniciante por N motivos. Por outro lado, nós temos um cenário nacional riquíssimo com tendência a se expandir cada vez mais. Tem muita coisa bacana sendo produzida, comunidades se fortalecendo e cabe a nós decidirmos o que fazer com esse espaço negligenciado.

Bom, eu sei para onde eu vou.

Pega na mão da tia, diga não ao gatekeeping e vem comigo nessa aventura!

O que é RPG? É de comer?

D20 dice dd GIF on GIFER - by Yozshutaur

Se você caiu aqui no meu colo, você já deve ter alguma noção do que é RPG: um jogo maravilhoso no qual interpretamos papéis, jogamos dados, batemos em monstrinhos e flertamos com nossos amigos – é brincadeira, tá?

Atualmente, definir o que é RPG de mesa pode ser uma tarefa complexa devido aos anos de mudanças e evolução do cenário. Como eu quero algo simples, vamos nos manter no simples: RPG é um jogo de interpretação de papéis no qual reunimos pessoas para construirmos, juntos, uma história. Nos transformamos em quem quisermos, visitamos mundos incríveis, nos aventuramos e contamos histórias divertidas.

Além disso, mantenha sempre em mente que o RPG é um jogo coletivo e cooperativo. Isso significa que o grupo precisa de um singelo acordo de cavalheiros entre si: o comprometimento com a diversão de todos. Ou seja, você deve se divertir tendo em mente que as outras pessoas também estão ali para se divertirem, tanto o mestre quanto os jogadores.

Aqui você encontra um vídeo supimpa sobre o assunto.

O sagrado Mestre de RPG

Dexter com o escudo do mestre balançando seu punho para os jogadores

E o que é essa figura mítica do mestre? É um inimigo a ser vencido? Um ser maligno que almeja a destruição dos próprios coleguinhas? Um sádico?

Embora pareça, não, ele não é um inimigo. Tampouco é um ser maligno — ou será que não?

Bom, jovem padawan, o mestre é apenas mais um jogador, porém sob um título diferente por desempenhar um papel distinto dentro do jogo.

Mestre e jogador podem ser termos complicados. O mestre também não é um jogador? Vamos trocar o termo mestre para narrador? Puts, mas jogador também não narra?

A discussão é vasta, mas eu não quero entrar em detalhes porque meu objetivo é a simplicidade. Quero apenas introduzi-los nessa fina arte de mestrar, portanto vamos ficar com os termos clássicos de Mestre e Jogador.

Primeiras considerações

 

Dungeon Meshi. Os protagonistas correm de uma Ondina, um monstro criado pelo mestre da masmorra.

Mas que papo de papéis é esse?

Os jogadores são os agentes da história, portanto suas ações movem a narrativa. Eles são os heróis, aqueles que salvarão o mundo – ou pelo menos tentarão. O mestre também move a narrativa, mas é aquele que interpreta tudo o que o não são os personagens dos jogadores.

Mas se ele interpreta o vilão então ele é o inimigo!

A resposta é um grande não.

O mestre não é seu inimigo, ninguém é seu inimigo. Você não tem inimigos.

Claro que ao interpretar os antagonistas é necessário honestidade com as rolagens, decisões e situações propostas. O saudoso Leonel Caldela desenvolve mais esse assunto na revista Dragão Brasil 168. Contudo, isso não torna a figura do mestre, o seu amigo se divertindo com você, num rival a ser combatido.

Não existe “ganhar” no RPG.

A não ser que você trate “derrotar todos os vilões malvados” como ganhar. Entretanto, isso ainda não é desculpa para se sentir superior a alguém. Não existe hierarquia de poder quando se joga RPG porque todos possuem a mesma importância no jogo.

Todos ganham quando todos estão se divertindo.

O Mestre de RPG: um ator de oscar ou um escritor de nobel?

Stranger Things. Eddie como mestre de Dungeon e Dragons. Seus jogadores comemoram uma bom resultado nos dados

 

O mestre interpretará as pessoas do mundo, as criaturas e às vezes até mesmo os objetos. Do goblin no cantinho à princesa, do bandoleiro ao cabrito, do dragão à mosca com rosto de gente. 

Eu preciso ser um profissional da sétima arte?

Não. Seja você mesmo, interprete da maneira que achar melhor, não existe interpretar errado. Ninguém fez cursinho de teatro para jogar RPG de mesa. Claro, se for um desejo seu eu dou todo o meu apoio, mas lembre-se: somos apenas meros mortais. Não complique a sua diversão.

O mestre também é aquele que monta o mundo, caso não use um pronto, e é quem cria a base da história e parte das situações que ocorrerão ao longo da narrativa. Digo “parte” porque os jogadores por si próprios também criam diversas situações ao longo do jogo.

Eu preciso ser um profissional do roteiro?

Não. Claro que é bom saber o mínimo sobre narrativa e discutiremos sobre isso num outro artigo , mas você não precisa de um diploma em escrita criativa para jogar. Faça uma pesquisa simples e crie uma farofa narrativa, o importante é se divertir.

Também é papel do mestre reagir às ações dos jogadores e levantar consequências para elas, boas ou não, seguindo o seu bom senso.

Nesse sentido, podemos dizer que o mestre atua como um mediador, ou intermediário, entre o mundo e o personagem dos jogadores. O mestre apresenta o mundo e suas regras, os jogadores agem sobre essa construção, o mestre reage a essas ações e assim por diante.

É mais simples do que parece, porém, não vou mentir, é trabalhoso.

Os 12 trabalhos do Mestre de RPG

O mestre de RPG precisa preparar o mundo e tudo o que nele habita. Caso use algo já pronto, ainda há a o trabalho de buscar as referências do “cânone”. É preciso tempo para preparar a história, as sessões e gerenciar o passado dos personagens dos jogadores. Em algum momento você vai precisar arbitrar alguma regra: abolir algo ou incrementar, usar o bom senso para aquela ideia maluca do jogador ousado…

O mestre de RPG precisa de habilidades narrativas, o mínimo de organização, criatividade, saber improvisar, ter certo domínio das regras e bom senso.

Mylena, você é fã ou hater?

Eu juro que sou fã.

Sim, é muita coisa, mas também é muito divertido. Confia na tia.

Mestrar RPG é um hobbie. É uma atividade que, como qualquer outra, você melhora praticando. Para isso é necessário paciência, muita tentativa e erro e o apoio dos amigos. 

Tudo o que eu citei aqui são características passíveis de serem aprendidas e aprimoradas. Ninguém acorda um dia e escreve os tomos da trilogia tormenta, tampouco faz um levantamento de 120kg sem treino ou escreve uma indicação ao Jabuti. Tenho certeza que sua primeira refeição tinha gosto de água de chuchu.

Numa época de streams super produzidas é fácil achar que o mestre é uma entidade difícil de ser alcançada, mas não. E aqui eu abro um parênteses para explicar que eu não estou desmerecendo as streams. Tendo apenas o produto final na nossa frente, e isso vale para qualquer produção, é fácil crer que aquilo simplesmente brotou como uma singela flor quando há muita experiência por trás.

Esse assunto dá bastante pano para manga e acho que ele merece um artigo próprio porque sei que acabaremos caindo numa pergunta mamilos: o que é ser um bom mestre? Jogar RPG não é uma competição e não existe “jogar errado”, mas existem mestres ruins assim como também existem jogadores ruins.

Eu até já dei meus 2 tibares sobre isso, mas é um papo para outra hora!

A jornada continua…

Steam 社区:: :: Sousou No Frieren

Estão sentindo o chamado para a aventura?

Eu espero ter sanado as dúvidas mais básicas sobre o que é essa figura mítica do mestre e também espero ter despertado um pouco do seu apetite.

No próximo artigo vamos discutir sobre algo muito importante, talvez ainda mais que o papel do mestre: por que mestrar? Afinal, por que diabos alguém teria tanto trabalho num simples hobbie?

Todo mundo precisa de um motivo para iniciar algo!

Bebam água, comam frutas e passem repelente!

Até a próxima!

Em nome da Rosa — Recompensando suas personagens

Itens mágicos espalhados em uma mesa. Um pote de vidro com líquido verde, um colar de brilhante azul. Uma algibeira esverdeada e um colar com um escaravelho dourado.

No final de uma aventura, é comum termos a seguinte pergunta: “Então mestra, a gente upou?”. Ou até mesmo “Quanto de gold ficou para cada?”. Recompensar suas personagens com dinheiro ou evolução na ficha é algo bem comum nos RPGs, mas nem sempre isso será o suficiente. Por que derrotar um demônio por um punhado de dinheiro apenas?

Um título, artefato ou uma mudança significativa de status podem ser muito mais interessantes, e até mesmo criar ganchos para novas narrativas em suas mesas. E Blue Rose RPG está cheio de dicas e opções de como recompensar suas jogadoras de forma personalizada e criativa!
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O drow Drizzt: o personagem que nasceu para ser protagonista

Na direita Drizzt, com roupas escuras e cabelos brancos. Ele segura uma espada virada para baixo na mão direita e tem a mão esquerda apoiada no dorse de uma pantera negra, ao seu lado. No fundo luzes arroxeadas e uma imensa caverna

A ordem de leitura dos romances do drow Drizzt

Não é segredo que existem diversas trilogias e quadrilogias de romances com o drow Drizzt e, com elas, algumas ordens de leitura possíveis. Muito antes de Star Wars popularizar o conceito de prequel, o escritor R. A. Salvatore fazia isso com esses romances incríveis e, principalmente, com esse personagem instigante.

Hoje vamos entender como o mais famoso personagem de Dungeons & Dragons foi de coadjuvante para protagonista na mesma velocidade de um golpe rápido de cimitarra! (mais…)

SAC Paranormal: Benefício das Organizações Paranormais

Imagem da stream de Ordem Paranormal Desconjuração. Na esquerda Cellbit. Na direita as telas com os jogadores da mesa.

Yo! Bem-vinde ao “SAC Paranormal: trazendo respostas do Paranormal para o Normal”! Estou de volta com os pedidos da comunidade e hoje, vamos abordar um assunto apontado por @spot_desenhador: Benefício das Organizações Paranormais!

ATENÇÃO! Como sempre, fica aqui o alerta de spoiler! Vamos abordar alguns assuntos das transmissões do Cabeludo e se você ainda não assistiu Ordem Paranormal, leia por sua conta e risco! (mais…)

Solo Leveling para 3DeT Victory

Solo Leveling é uma web novel sul-coreana escrita por Chugong que se passa em um ambiente urbano contemporâneo onde portais misteriosos, chamados de dungeons, se abriram e liberaram monstros de outros mundos. Desde então, algumas pessoas desenvolvem habilidades mágicas e trabalham como caçadoras, matando os monstros ainda no interior das dungeons para evitar que eles saiam e machuquem civis. O título rendeu uma animação, cuja primeira temporada estreou no início de janeiro de 2024. Confira abaixo as fichas feitas pela Pri dos personagens principais que já apareceram no desenho (sem spoilers do que ainda está por vir!):

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Dragonlance: quando um grupo de aventureiros se forma

Romances de fantasia inspirados em universos de RPG são ótimos por vários motivos. O mundo apresentado costuma seguir a lógica de uma mesa de RPG. Os tropos típicos estão lá, embora temperados com momentos épicos, diálogos criativos e diversas cenas e lugares que queremos transportar para nossos jogos.

Além de tudo isso, os romances de Dragonlance tem um sabor especial: o grupo de aventureiros principal. Os Heróis da Lança são uma boa inspiração para RPGs de fantasia e um exemplo de como vários personagens diferentes e tretosos podem funcionar em conjunto. (mais…)

Fichas de Palworld para 3DeT Victory

Em 3DeT Victory, um mundo de Pals será normal! Palworld é um jogo de simulação e aventura que combina construção, criação e combate em um mundo habitado por criaturas chamadas Pals. Os jogadores podem domesticar, treinar e usar Pals para diversas finalidades, de agricultura a batalhas (eles são realmente Pal pra toda obra). Antes que a fúria da gigante de videogames japonesa caia sobre eles (e sobre nós), vem conferir três fichas de Palworld para 3DeT!

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Teatro Arcano – Jogando com a Magia

mulher de capuz com as mãos unidas em frente ao corpo, tendo brilho esverdeado saindo de suas mãos.

A primeira vez que eu joguei RPG foi em 2017, como complete de um grupo já formado. Jogamos o cenário de Arton, e estavam precisando de um conjurador no grupo, logo, criei Aldrich Salujah, meu Mago Qareen. A escolha de ser um mago, meio gênio, e ainda por cima devotado à deusa da magia, não foi um simples acaso, nem só uma utilização dos termos que já existiam no jogo. Percebi mais tarde que, aquelas escolhas, inconscientemente possuíam um propósito.

Esse texto é um complemento ao já antigo Abordando Recursos Mágicos. Naquela edição do Teatro Arcano, eu falava sobre como uma pessoa narradora poderia usar a magia em sua narrativa, agora, algum tempo depois, volto a falar justamente sobre esse recurso que eu tanto amo, mas pensando nos jogadores. (mais…)

SAC Paranormal: Arrancando o braço do Arthur

Yo! Bem-vinde ao “SAC Paranormal: trazendo respostas do Paranormal para o Normal”!

Hoje, vamos abordar um assunto apontado por @lifelinhasrubro: DESMEMBRAMENTO!

ATENÇÃO! Antes de qualquer coisa, vamos destacar que esse é um tema sensível! A única intenção desse artigo é trazer um evento comum em jogos de ação e horror para mecânicas de jogo balanceadas. Esse tema não é uma brincadeira e pessoas que passaram por essa experiência traumática merecem todo o respeito e tratamento adequado! (mais…)

A Jornada da Mestra – Use os jogadores a seu favor

Dificuldades para pensar num desafio? Está suando porque não faz ideia de como montar aquela dungeon? Que monstro escolher para fazer da vida dos jogadores um inferno? Um Carrasco de Lena ou o clássico dragão furioso? Seus problemas acabaram! Ou pelo menos vim torná-los menos complicados.

A dica de hoje é: saiba todas as capacidades, fraquezas e gostos dos personagens e conheça bem seus jogadores!

Oxe, mas como assim?

Ora, você não vai dar um enigma para o bárbaro resolver com toda sua genialidade e -2 em Inteligência. Não vai pedir para o mago, com seus cambitos mágicos, levantar uma rocha. (mais…)