Bençãos da Deusa — Novos jogos: vencendo o medo de encarar o desconhecido

Bençãos da Deusa — Novos jogos: vencendo o medo de encarar o desconhecido

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Se perguntar pra qualquer jogador de RPG, praticamente todos vão ter um RPG preferido: aquele jogo que vocês domina as regras, conhece a lore à fundo, debate com os amigos. Eu também tenho o meu, que no momento é Tormenta20, que acompanho e amo desde que era um cenário sem sistema próprio. 

Mas ter um RPG do coração não é motivo para eu não querer conhecer outras coisas, pelo contrário: eu AMO conhecer novos sistemas, novos mundos, novas concepções de jogo. 

Saindo de um sistema para outro

O maior medo que eu percebo é com sair de um jogo que você domina para outro completamente diferente. Não precisa ser assim, você pode procurar outros jogos no mesmo estilo para experimentar, cuja base é a mesma. Existem vários jogos que usam o sistema d20 como base, vários jogos que se baseiam em Apocalypse World, e assim por diante. Se você sente medo de aprender um sistema completamente diferente, comece explorando os “vizinhos”. As regras não serão iguais, mas provavelmente seguirão a mesma lógica, o que torna mais fácil de aprender.

Extrapolando os limites

Eu gosto de conhecer coisas diferentes do que costumo jogar. Pode ser um pouco assustador não dominar aquele conjunto de regras, mas é muito divertido aprender algo completamente fora do meu habitual. Pegar um novo livro, começar a ler, entender como funciona, debater com os amigos do grupo. Ano passado conheci Apocalipse World, ninguém do grupo nunca tinha jogado, nem o mestre, e foi uma delícia ir descobrindo o jogo com todo mundo. A sensação de descobrir algo novo, se abrir pra testar e aprender coisas novas é ótima! Não tenha medo de se jogar em algo que é o oposto do que você costuma fazer, nem que seja pra descobrir que realmente não gosta.

Como eu faço isso?

Lendo o livro. Muitos de nós vêm de uma época onde RPG era passado praticamente por tradição oral, por não ter acesso aos livros originais. Hoje, eles estão aí, há um clique de distância. Leia, procure mesas pra assistir, teste com os amigos. É assim que se aprende um novo jogo. Eu faço parte da organização de um evento de RPG gratuito e costumo dizer que é um lugar excelente para testar novos jogos. 

Joguei coisas novas, mas e meu jogo preferido?

Seu jogo preferido só tem a ganhar quando você se abre para novas experiências. Você conhece coisas diferentes que pode incorporar na sua mesa e enriquecer o jogo. Novas mecânicas, novas histórias, novas dinâmicas: tudo que você gostou de outros jogos podem fazer parte da sua mesa de RPG, assim como coisas que você não curtiu te levam a refletir sobre o que acontece no seu jogo. 

Eu estou feliz só com meu jogo preferido, e aí?

E não tem problema. Cada um joga o que quiser, ninguém é obrigado a jogar outras coisas se não tem vontade. É apenas um incentivo pra quem tem alguma vontade e acaba desistindo por ficar com medo.

Jogar RPG é um hobby, tem que ser divertido. Mas se abra para novas opções, novos jogos, novas experiências e você pode se surpreender com o resultado. 

 

2 COMENTÁRIOS

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Rodrigo Araujo

Parabéns pelo texto Camila! Ele está muito esclarecedor e trás uma perspectiva interessante, pois trás a perspectiva de expandir seus conhecimentos e viver novas experiências.
Sou um novato no RPG (graças ao T20) e essa discurssão apareceu em meu grupo. Temos muita vontade de explorar outros sistemas até mesmo para experimentar outros mundos e viver algumas histórias que liamos ou assistíamos em filmes e séries. Porém quebrar a barreira para aprender um sistema novo e “deixar para trás” algo que já é tão natural para você é complicado, mas como foi citado por você pode enriquecer muito a mesa e expandir as possibilidades do jogador.

P.S.: Existiria a possibilidade da Jambô colocar algum sistema de favoritar ou salvar os artigos, para ficar mais fácil de voltar nele?

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    Camila Gamino

    Fico muito feliz que tenha sido útil para ti! A gente não precisa abandonar o que gosta, mas às vezes conhecer coisas novas abre nossos horizontes.